COM QUEM VOCÊ CONQUISTA AS SUAS VITÓRIAS?

Márcia Morais Ávila • 27 de maio de 2025

Conquistas...

Quando a conquista não encontra companhia


Às vezes, não temos com quem dividir nossas conquistas. Então, o que fazemos? Vamos dividir com quem? Essa é uma pergunta fácil e difícil ao mesmo tempo. Fácil, porque todos queremos compartilhar alegrias; difícil, porque muitas vezes nos alegramos com as vitórias alheias e celebramos com outras pessoas na mesma intensidade que gostaríamos que nossas conquistas também fossem celebradas.


A questão é: com quem você divide as suas conquistas? Qual pessoa vai te valorizar tanto quanto você mesma se valoriza?


A resposta é simples: ninguém.


O nosso padrão de recompensas está muito associado a um sistema cheio de falhas — falhas de cultura, tradição, criação, personalidade. Falo de falhas porque são padrões baseados no ser humano. Quando, na verdade, o nosso padrão real deveria ser o padrão divino que vem de Deus.


Tudo o que fizerem, façam de todo o coração, como para o Senhor, e não para os homens. Colossenses 3:23

Essa é a chave do padrão divino.


Celebrar no secreto, honrar no público


Certa vez, um homem disse a Jesus: “Você é bom.”  Mas Jesus retrucou imediatamente: “Bom é Deus.” (Lucas 18:19) É com Ele que precisamos celebrar nossas vitórias, para sabermos lidar com as opiniões, sugestões e também com as vitórias dos outros.


“Mas, quando você orar, vá para o seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está em secreto. Então seu Pai, que vê em secreto, o recompensará.” Mateus 6:6


Neurociência e Recompensa: o papel da dopamina


Do ponto de vista da neurociência, toda conquista ativa o sistema de recompensa do cérebro. Esse sistema é regulado pela dopamina, um neurotransmissor associado ao prazer, à motivação e ao aprendizado por reforço.


O problema surge quando associamos o valor da conquista apenas à resposta externa: curtidas, aplausos, elogios. Quando isso não acontece, o cérebro registra frustração, e o que era para ser prazeroso pode se transformar em dor emocional. Mas e se a fonte da recompensa não fosse externa?


“O Senhor é a minha porção”, diz a minha alma, “portanto esperarei nele.” Lamentações 3:24



Na perspectiva da Neuropsicanálise Afetiva, nossa relação com a conquista está profundamente ligada aos vínculos afetivos da infância. Se o aplauso ou a validação estavam ausentes, passamos a buscar fora aquilo que faltou por dentro.


Mas há uma saída: quando ancoramos nossas conquistas no olhar de Deus — e não no aplauso do mundo — nos libertamos da dependência do reconhecimento.

Celebramos silenciosamente.


A dopamina se regula.  A alma descansa.







PARA REFLETIR


“A mulher que aprende a celebrar com Deus, nunca mais se sente sozinha em suas vitórias.” Márcia Morais Ávila


Eu sou Márcia Morais Ávila, apaixonada por ensinar tudo o que aprendo, e consciente de que a minha vida tem um propósito de Deus a ser cumprido.